Tráfico de drogas fecha posto de saúde na Zona Oeste

setembro 24, 2008

Quando afirmo que a desfavelização se faz necessária no Rio de Janeiro, é, dentre outras coisas, uma forma de evitar que situações como a matéria do Jornal Extra descreve abaixo, sejam redicalemente evitadas. Centenas de pessoas estão sem atendimento médico na favela Vila Aliança, na Zona Oeste, por ordem de um traficante. O Estado e o município devem se unir e discutir a questão da desfavelização da cidade, ou não poderemos mais sair de nossas casas para andar em uma cidade sitiada. É preciso salvar o Rio de Janeiro

Leiam o absurdo abaixo:

 

A sede de vingança de um traficante de drogas deixa, há uma semana, centenas de moradores da Favela Vila Aliança, em Bangu, sem atendimento médico. Contaminado pelo vírus da Aids, Juarez Ribeiro da Silva, o Aranha, procurou a diretoria do posto de saúde Doutor Sílvio Barboza exigindo a lista de meninas da comunidade que estão com a doença. A idéia do bandido, que é o homem de confiança de Márcio da Silva Lima, o Tola, seria identificar e matar a garota responsável pela contaminação. Com medo, os funcionários do posto decidiram não voltar no dia seguinte, e as portas estão fechadas há sete dias.

— Não foi só a diretora que abandonou o posto da Vila Aliança. Todos os funcionários decidiram, juntos, que não voltariam — explicou Marli Alves Marinho, que é presidente do conselho distrital de saúde da Zona Oeste.

Saúde da família

Segundo funcionários, Aranha invadiu o posto de saúde armado, acompanhado de comparsas, e foi até a diretoria exigir a lista com os nomes. Com medo, ela pediu que o bandido voltasse no dia seguinte porque iria consultar alguns chefes. Mas, após uma reunião, ninguém apareceu no dia seguinte.

— Toda a equipe está assustada. Ele queria descobrir a lista para matar outra pessoa e não podemos ser coniventes com isso. Os profissionais de saúde estão ali para salvar vidas, não para entregar as fichas para que outras pessoas morram — disse Marli, explicando que o posto vai ficar fechado por tempo indeterminado.

Segundo o conselho distrital, o posto era comum até pouco tempo, quando foi transformado em uma unidade do programa Saúde da Família. Agora, ele é voltado para uma maior integração com a comunidade.

Chefe de Aranha, o traficante Márcio da Silva Lima, conhecido como Tola, está na seleta lista de recompensas do Disque-Denúncia (2253-1177). Informações que possam levar à prisão do bandido valem até R$2 mil.

O Exército vai ocupar, de forma simultânea, no dia 5 de outubro, comunidades do Rio

setembro 22, 2008

Exército em favelas do Rio

Exército em favelas do Rio

Não quero me posiocionar contra ou a favor sobre a presença do Exército nas comunidades para garantir a tranqüilidade do processo eleitoral. Apenas isto renderia centenas de posts neste blog, mas gostaria de ressaltar que o descaso das autoridades e a falta de discussão sobre a desfavelização da cidade resultou no que temos que viver hoje. Os currais eleitorais nestas regiões alimentadas por políticos corruptos que se aliaram ás milícias e ao tráfico de drogas para obeterem lucros financeiros e milhares de votos. Assim a bola de neve fica maior a cada dia e quem sofre é o cidadão carioca. Como sempre é o carioca quem vai pagar a conta de tanta corrupção. Sofrendo assaltos, vivendo sob a rotina do medo e vendo a economia da cidade ir pelo ralo. Precisamos discutir a política da desfavelização do Rio de Janeiro e começar a oferecer dignidade ao carioca, moradores de favelas ou não.

 

 

Leiam a noitícia abaixo:

 

O Exército vai ocupar, de forma simultânea, no dia 5 de outubro, as 27 comunidades do Rio de Janeiro classificadas pela Justiça Eleitoral como áreas de risco. A ação será o ponto culminante da Operação Guanabara, que vem sendo realizada pelas Forças Armadas para coibir crimes eleitorais em áreas do estado, desde o último dia 11.

– Serão milhares de homens. Ainda estamos terminando o planejamento, mas a operação culmina no dia 5, com a presença simultânea em todas essas comunidades, fazendo a segurança também de urnas, antes e depois das eleições, segurança da apuração em alguns locais, e a segurança do dia da votação – afirmou o porta-voz da operação, coronel André Luiz Novaes.

A operação teve até agora quatro fases. Na primeira, foram ocupadas a cidade de Campos, no norte do estado, e sete comunidades cariocas: Cidade de Deus, Rio das Pedras e Gardênia Azul, na Zona Oeste, e Vila do João, Vila dos Pinheiros, Conjunto Esperança e favela Nova Holanda, no Complexo da Maré.

Na segunda fase, os soldados se retiraram daquelas comunidades para entrar nas favelas do Taquaral, Coréia, Vila Aliança e Sapo, na Zona Oeste. Na terceira fase, os militares saíram da zona oeste e foram para a Zona Sul, onde ocuparam a Rocinha e Vidigal.

Na quarta fase, iniciada neste domingo, estão sendo ocupadas as favelas do Jacarezinho, na Zona Norte, e Carobinha, Barbante e Antares, na Zona Oeste. O Exército permanece nessas comunidades até terça-feira, depois segue para Duque de Caxias, onde ocupará, por dois dias, Gramacho e Lixão.

Também serão ocupadas as comunidades de Pilar e Beira-Mar, também em Caxias, Salgueiro, em São Gonçalo, Acari e Amarelinho, ambos na zona Norte do Rio. As últimas duas favelas serão Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão, também na Zona Norte. No dia 4 de outubro não haverá operação e, no dia 5, os militares ocuparão, pela primeira vez, as 27 comunidades de uma só vez.

 

Ministério da Justiça entrega mil unidades habitacionais

setembro 19, 2008
Programas como este devem ser estendidos a todos. É uma forma de desfavelização de muitas comunidades:
O Ministério da Justiça começa a entregar a partir do mês que vem mil unidades habitacionais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania a policiais do Rio de Janeiro.A decisão foi tomada durante reunião do ministro da Justiça Tarso Genro com o governador do Rio Sérgio Cabral, no Palácio Guanabara. Os profissionais inscritos no projeto Bolsa Formação do governo federal e que integrarem o policiamento comunitário terão prioridade.Com o apoio da Caixa Econômica Federal, o Plano habitacional do Pronasci tem como meta oferecer financiamentos diferenciados aos policiais e possibilitar que os soldados morem em lugares mais seguros – isso porque – muitos deles vivem em locais cercados pelo crime organizado e sequer podem se identificar como pms.Os soldados têm à disposição dois planos: o de arrendamento residencial, que oferece casas populares e as cartas de crédito de até 50 mil reais.O projeto Bolsa Formação visa incentivar a qualificação dos policiais de baixa renda que recebem até Mil e 700 reais.

Casas no Morro da Babilônia são interditadas pela Defesa Civil

setembro 17, 2008

As pessoas, os cidadãos do Rio de janeiro não precisam morar em áreas de risco, e quando me refiro a áreas de risco não me refiro à violência, mas ao risco de virar mais uma vítima da favelização em áreas impróprias. É necessário investir em moradias populares para que estas regiões deixem de ser habitadas e causar risco à população. É preciso desfavelizar.

 

Ontem, por causas do mau tempo, a Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro interditou três casas no alto do morro da Babilônia, no Leme. As construções ficam perto do local onde houve um deslizamento de terra, na tarde de segunda-feira.

Os moradores deverão deixar as casas para permitir o trabalho dos técnicos da prefeitura que vão fazer a contenção da encosta. Eles serão cadastrados pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

 

Acusados de chefiar milícias entram em contradições na CPI

setembro 16, 2008

É por essas e outras que a desfavelização é discutida em todos os cantos do país, menos no Rio de Janeiro. Hoje está mais claro do que nunca que os criminosos desfarçados de políticos não querem que isto aconteça. É interessante para eles que o Rio continue à mercê das favelas, que alimentam a violência urbana, destroem o turismo e com isso uma grande potencialidade econômica para o nosso estado.

 Leiam a notícia abaixo:

 

O único ponto em comum entre os depoimentos do vereador Luiz André Ferreira da Silva, o Deco (PR), e do candidato a vereador Luiz Monteiro da Silva, o Doen (PTC), à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a atuação das milícias no Estado do Rio, nesta terça-feira, foi a negação de chefiarem milícias em comunidades da Praça Seca, Jacarepaguá, Zona Oeste. Os depoimentos foram marcados por contradições e omissões que, provam que as declarações foram baseadas em falsas informações.

– O Deco veio aqui e disse que não tinha nenhuma ligação com Doen que, por sua vez, afirma ter colaborado com a campanha do primeiro depoente. Ficou claro que eles tinham uma ligação, que não existe mais, e que existe milícia na Praça Seca, sim, ao contrário do que disseram – disse o parlamentar, lembrando que Deco e Doen apresentam em suas declarações de bens somas em torno de R$ 173 mil e R$ R$ 269 mil, respectivamente.

Primeiro a depor, Deco acredita que ganhou a eleição, porque trabalha pela educação e a saúde, através de dois centros sociais que oferecem atendimentos médicos, cursos de informática e reforço escolar para crianças, na comunidade do Chacrinha, onde mora. Ele afirmou que na região não existe milícia:

– A única atividade que tenho é a de vereador. Fiz concurso para a Polícia Militar, mas fui reprovado no exame psicotécnico. Servi o quartel por seis anos e, desde que saí, trabalho. Foi com o meu dinheiro que comprei o que tenho. E também com financiamento – ressaltou o vereador, que é dono de um caminhão Mercedez Benz, uma Saveiro, um Bora, e uma sala e uma vaga de garagem na Praça Seca.

– Se somarmos toda a remuneração recebida por Deco, desde que assumiu seu mandato, o valor não chega ao que ele declara – disse o presidente da CPI.

O vereador explicou ainda que, para aumentar sua remuneração, teria empregado a mulher em seu gabinete. Além dela, três irmãos e a sua sogra também teriam sido, até semana passada, seus funcionários na Câmara Municipal do Rio.

Deco é investigado por participação em dois homicídios e, segundo Freixo, já existe um mandado de prisão contra ele. Segundo o vereador, nenhuma prova foi encontrada quanto às denúncias feitas ao disque-denúncia. No depoimento de Doen, que também é investigado junto com o vereador, o candidato se disse surpreendido.

– Não entendo o porquê das investigações apontarem essa ligação. O fato ocorrido no dia 31 de dezembro de 2007 se deu quando nem estávamos mais em contato – explicou.

Questionado sobre as mortes, Doen disse que tudo o que sabe sobre o caso lhe foi dito na 32ª Delegacia de Polícia (Taquara).

– O delegado informou que o homem morto seria a pessoa que coletava dinheiro na comunidade para o Deco e que ele não teria repassado o valor, mas não sei. Essa é a investigação deles – contou.

O presidente da CPI levantou ainda uma informação da Central de Inteligência da Polícia Civil sobre um possível plano de Doen para matar o delegado da 32ª DP, Pedro Paulo Pontes Pinho, e culpar Deco. O candidato negou.

Durante a reunião, o presidente da CPI apresentou o Projeto de Resolução 433/08, de autoria do deputado Paulo Ramos (PDT), em que deixa de ser membro efetivo da CPI e indica a deputada Cidinha Campos (PDT) para compor a comissão. Também nesta terça-feira, a CPI aprovou a convocação dos vereadores Chiquinho Grandão (PTB) e Quiel do Canarinho (PDT), do município de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), investigados pela Secretaria estadual de Segurança Pública, para a próxima reunião, na terça-feira, às 10h, na sala 311 do Palácio Tiradentes.

O vereador Nadinho de Rio das Pedras (DEM), do Rio de Janeiro, que depôs na última semana, também será reconvocado para a próxima reunião. Segundo Freixo, a CPI recebeu um relatório contendo informações contrárias às explicitadas pelo vereador durante seu depoimento. A comissão aprovou ainda o convite aos deputados federais Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) e Marina Maggessi (PPS-RJ), que foram citados por Nadinho e pelo candidato a vereador Cristiano Girão (PMN) em seus depoimentos.

Quem quiser colaborar com informações ou fazer alguma denúncia à CPI pode ligar para o Disque Milícia da Alerj (0800-2820376), um serviço gratuito que atende de segunda a sexta, das 10h às 17h, e que, desde o dia 30 de junho, já recebeu mais de mil telefonemas.

Cariocas já usam blindagem em suas casa por conta dos conflitos em favelas

setembro 14, 2008

Acredito que a notícia abaixo fala por si: Desfavelização já.

Leiam:

Do G1:

Prédio blindado pela associação de moradores no Morro do Fogueteiro, em Santa Teresa, ao lado de quadra com muro reforçado contra balas perdidas

Prédio blindado pela associação de moradores no Morro do Fogueteiro, em Santa Teresa, ao lado de quadra com muro reforçado contra balas perdidas

O nível de peculiaridade carioca em termos proteção predial vem aumentando na mesma proporção em que cresce, na cidade, a procura pela blindagem arquitetônica.

 

Para fugir das balas perdidas – e também das que têm alvo certo – até moradores de áreas de risco como o Morro do Fogueteiro, em Santa Teresa, no Centro, blindaram um prédio planejado para ser uma creche municipal. 

O imóvel de quatro andares está sendo usado pela associação de moradores, que promove cursos de capacitação para jovens.

A blindagem em localidade inusitada surpreendeu Emerson Mendonça dos Santos, o presidente da Câmara de Blindagem Arquitetônica, da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Ele lembrou que, apesar de os custos terem baixado, a proteção predial ainda é relativamente cara para os padrões da classe média.

“A procura vem aumentando na faixa de 20% a 30%. A maioria dos clientes são grandes empresas e condomínios situados perto de áreas de risco. Mas nunca tinha ouvido falar prédio blindado em favela. É preciso verificar que tipo de trabalho foi feito”, alertou Santos.

Diretor da EMS Blindagem, que projeta e executa serviços arquitetônicos, Santos diz que para que o cliente tenha a certeza de garantia da proteção a empresa contratada deve ter Certificado de Registro, Título de Registro e Relatório Técnico de Experimentação (Retex) emitidos pelo Exército – que controla todo tipo de blindagem feito no Brasil. Só assim é possível ter certeza que o serviço contratado é seguro.

“Isso é importante para mostrar que o material (aço, fibras sintéticas de alta performance e vidro) utilizado foi aprovado e testado pelo Exército. Mas é importante também verificar os níveis de blindagem”, detalhou Santos.

 Blindagem mais cara para tiros de fuzil

Qualquer pessoa física ou empresa pode contratar o serviço de blindagem. Cômodos, casas, apartamentos ou fachadas inteiras podem ser protegidos. Para prédios inteiros, é preciso fazer um estudo a fim de saber se o peso do material não vai afetar a estrutura da construção.

Desde que seja feita a manutenção para evitar a corrosão do aço, a blindagem pode durar por muitos anos.

A blindagem arquitetônica mais procurada no Rio é feita com chapas de aço e vidro. Como todo o material tem de ser feito sob medida, o serviço acaba saindo caro.

Para a blindagem mais leve (do tipo III-A) – que suporta o impacto de balas de revólver 38 e pistolas de calibre 45, 9mm, 357 e Magnum 47 – o metro quadrado do vidro varia de R$ 1.800 a R$ 1.900, do caixilho R$ 500 e da chapa de aço R$ 1.000 a R$ 1.200. 

Já para a blindagem mais resistente (do tipo III), que agüenta tiro de fuzil AR-15, AK-47, FAL 7.62 e que foi usada no Caveirão – o metro quadrado do vidro varia de R$ 2.700 a R$2.800, enquanto que o metro quadrado do caixilho fica em R$ 800 e da chapa de aço, que chega a ter seis centímetros de espessura, pode custar de R$ 2.200 a R$ 2.300.

Santos lembra que também pode ser considerada blindada uma parede de concreto maciço com 20 centímetros de espessura. Paredes feitas com tijolos vazados, mesmo com espessura maior não seguram tiros de fuzil.

 Grandes empresas e condomínios

Por causa do preço elevado, os maiores clientes, segundo Santos, estão concentrados em áreas da cidade onde o poder aquisitivo é maior. Ou seja, são condomínios e grandes empresas da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e em residências perto de favelas na Zona Sul.

Ao contrário da blindagem de carros, não é preciso ter autorização do Exército para blindar a própria casa. Segundo o presidente da Câmara de Blindagem Arquitetônica, o interessado – empresa ou pessoa física – tem de preencher um cadastro minucioso, que é enviado pela firma de blindagem ao Exército.

“É a forma que temos para controlar a utilização do serviço e tentar evitar blindar casas de traficantes, por exemplo”, observou Santos, que está preparando um estudo para a blindagem de um quilômetro de muro na estação do metrô da Central, para proteger os operários que fazem a manutenção da via dos tiros disparados do Morro da Providência, no Centro. 

 Peculiaridade carioca

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Blindagem, Christian Conde, enquanto São Paulo é campeão nas blindagens em áreas de acesso – guaritas e portarias – o Rio tem como peculiaridade a blindagem de fachadas inteiras.

“E sempre do nível mais alto, principalmente porque no Rio, tantos os bandidos quanto a polícia usam fuzis”, disse Conde.

Ele lembra que a blindagem arquitetônica tem mais de 30 anos no Brasil, mas que era usada basicamente em instalações militares. Com o aumento da violência, a blindagem arquitetônica está aumentando e impulsionando mais ainda a de automóveis.

“O Brasil é um dos países onde mais se usa blindagem. Agora, já tem prédio blindado até em favela. Por isso, já somos referência na produção e instalação de blindagens.”, disse Conde.

 

Bandidos montam central clandestina de monitoramento por câmeras em favela

setembro 13, 2008

Já expliquei mil motivos do porque é necessário desfavelizar a cidade. Posso dar mais um de nosso cotidiano. Até que ponto chega a audácia dos bandidos? É incrível. Ontem, por exemplo, em Parada de Lucas, a polícia encontrou uma central clandestina de monitoramento por câmeras dentro de uma parede falsa, uma verdadeira estrutura, que tinha acesso por uma engenhosa passagem secreta. De lá, os bandidos observavam e controlavam quem chegava e saía da favela.  Havia uma câmera que monitorava até a Avenida Brasil. O cidadão que mora hoje em comunidades teve o seu direito de ir e vir destruído pelos bandidos. Os cariocas, moradores de outras áreas também estão sob a constante ameaça dos criminosos, que fazem das favelas um reduto QUASE inalcansável. É por isso que precisamos da desfavelização do Rio de Janeiro.

 

Leiam a notícia abaixo:

 

Policiais da Delegacia de Repressão a Roubos de Cargas (DRFC) encontraram no final da manhã desta sexta-feira no interior da favela de Parada de Lucas, um central clandestina de monitoramento com doze câmeras. O circuito, segundo a delegada adjunta Márcia Beck, funcionava como uma espécie de Big Brother e monitorava simultaneamente todas a entradas da favela. Um traficante, segundo a polícia deveria estar no local e, devido às câmeras percebeu a chegada da polícia e fugiu pelo telhado fazendo um buraco na telha de amianto.

A central ficava escondida em uma parede falsa no segundo andar de um barraco que fica próximo ao Destacamento de Policiamento Ostensivo da PM (DPO).Para entrar no local, que tinha uma TV de 29 polegadas e até colchão, traficantes acionavam a passagem secreta através de um fio de nylon camuflado entre os azulejos. Policiais apreenderam também no local um fuzil G3, calibre 762, duas pistolas, munição e quatro coletes à prova de balas.

Favelização dificulta política públicas

setembro 12, 2008

A crise urbana que assola o Rio tem contornos próprios e se agrava pelo
processo de favelização que avança sobre a cidade, favorecendo a violência
urbana. A favelização dificulta operacionalmente todas as políticas públicas
convergentes como educação, saúde e segurança. Por isso, é a questão a ser
equacionada inicialmente.

Não é fácil pela dimensão que tomou e não pelo problema em si. A
sensibilização de todos os segmentos da sociedade pode ser conseguida, pois
é unânime que a desfavelização é fundamental para o Rio. Obviamente, se
tivermos agentes de transformação sociais interessados como parlamentares e
o próprio prefeito a solução estará mais próxima. Este é o principal
trabalho inicial.

Muitas cidades degradadas conseguiram sua recuperação a partir de programas
de médio / longo prazo, principalmente quando havia uma meta e prazo
claramente definido. Todos sabemos dos casos de Barcelona, NY, Bogotá.
Lisboa também é um caso de sucesso que presenciei pessoalmente. A última
“favela” chamada de casas de lata foi urbanizada. Muitos moradores ficaram,
outros tantos foram transferidos para novas construções ao longo da rodovia
que corta a cidade. Tudo para a Expo 98.

Hoje, o Rio encontra-se nesta difícil situação. A meta deve ser a
desfavelização do CINTURÃO TURÍSTICO DA CIDADE e a preparação das áreas de
VAZIOS DEMOGRÁFICOS como os dois primeiros trechos da Av Brasil que deverão
ter uso residencial prioritário. Nesta região há boa oferta de transporte
rodoviário e metrô. Hoje, existem inúmeros municípios com projetos de
desfavelização em curso. Alguns até com secretarias de desfavelização. Cada
um com o modelo que lhe coube melhor. Nós também podemos desenvolver o
nosso.

Ao mesmo tempo em que se dá corpo a um movimento do tipo DESFAVELIZAÇÃO JÁ,
esforços devem ser feitos junto a Câmara dos Vereadores para a
regulamentação do ESTATUTO DA CIDADE que contém todas as ferramentas de
gestão urbanística (as principais cidades do país já o regulamentaram),
regulamentação do SISTEMA DE HABITAÇÃO SOCIAL e aprovação do PLANO DIRETOR
com as previsões necessárias ao programa de desfavelização. Também devem ser
revistos e aprovados os PROJETOS DE ESTRUTURAÇÃO URBANA e de toda legislação
que incentive o uso das áreas infra-estruturadas da cidade que ainda
representem vazios demográficos.

Com o movimento em franca sensibilização e o arcabouço legal pronto há a
necessidade de atrair o mercado para empreendimentos voltados para a
população de baixíssima renda. Hoje, o mercado constrói para famílias com
renda a partir de 05 salários mínimos. Abaixo desta renda familiar não há
expectativa de lucro. O poder público deve incentivar o mercado imobiliário
direcionando-o a construir onde interessa à Cidade e nessas áreas rever a
legislação atualizando-a e flexibilizando seus usos. Por exemplo, as regiões
que foram “desindustrializadas” e cuja legislação estimula o uso industrial
preferencial deverão ser requalificadas e ter uso residencial incentivado.

Com o ambiente legal e econômico prontos parte-se para as intervenções no
CINTURÃO TURÍSTICO com a urbanização de todas as favelas desta região. Os
VAZIOS DEMOGRÁFICOS devem ser preparados para serem a nova área de expansão
residencial da cidade. Estas áreas concentrarão os novos empreendimentos e
condomínios residenciais para a população de baixa renda em geral e para
aquela que não puder permanecer nas áreas recuperadas do CINTURÃO TURÍSTICO.

Há muito por fazer é preciso começar já. O Rio vive um momento CRISE URBANA que assola o Rio tem contornos próprios e se agrava pelo
processo de favelização que avança sobre a cidade, favorecendo a violência
urbana. A favelização dificulta operacionalmente todas as políticas públicas
convergentes como educação, saúde e segurança. Por isso, é a questão a ser
equacionada inicialmente.

Não é fácil pela dimensão que tomou e não pelo problema em si. A
sensibilização de todos os segmentos da sociedade pode ser conseguida, pois
é unânime que a desfavelização é fundamental para o Rio. Obviamente, se
tivermos agentes de transformação sociais interessados como parlamentares e
o próprio prefeito a solução estará mais próxima. Este é o principal
trabalho inicial.

Muitas cidades degradadas conseguiram sua recuperação a partir de programas
de médio / longo prazo, principalmente quando havia uma meta e prazo
claramente definido. Todos sabemos dos casos de Barcelona, NY, Bogotá.
Lisboa também é um caso de sucesso que presenciei pessoalmente. A última
“favela” chamada de casas de lata foi urbanizada. Muitos moradores ficaram,
outros tantos foram transferidos para novas construções ao longo da rodovia
que corta a cidade. Tudo para a Expo 98.

Hoje, o Rio encontra-se nesta difícil situação. A meta deve ser a
desfavelização do CINTURÃO TURÍSTICO DA CIDADE e a preparação das áreas de
VAZIOS DEMOGRÁFICOS como os dois primeiros trechos da Av Brasil que deverão
ter uso residencial prioritário. Nesta região há boa oferta de transporte
rodoviário e metrô. Hoje, existem inúmeros municípios com projetos de
desfavelização em curso. Alguns até com secretarias de desfavelização. Cada
um com o modelo que lhe coube melhor. Nós também podemos desenvolver o
nosso.

Ao mesmo tempo em que se dá corpo a um movimento do tipo DESFAVELIZAÇÃO JÁ,
esforços devem ser feitos junto a Câmara dos Vereadores para a
regulamentação do ESTATUTO DA CIDADE que contém todas as ferramentas de
gestão urbanística (as principais cidades do país já o regulamentaram),
regulamentação do SISTEMA DE HABITAÇÃO SOCIAL e aprovação do PLANO DIRETOR
com as previsões necessárias ao programa de desfavelização. Também devem ser
revistos e aprovados os PROJETOS DE ESTRUTURAÇÃO URBANA e de toda legislação
que incentive o uso das áreas infra-estruturadas da cidade que ainda
representem vazios demográficos.

Com o movimento em franca sensibilização e o arcabouço legal pronto há a
necessidade de atrair o mercado para empreendimentos voltados para a
população de baixíssima renda. Hoje, o mercado constrói para famílias com
renda a partir de 05 salários mínimos. Abaixo desta renda familiar não há
expectativa de lucro. O poder público deve incentivar o mercado imobiliário
direcionando-o a construir onde interessa à Cidade e nessas áreas rever a
legislação atualizando-a e flexibilizando seus usos. Por exemplo, as regiões
que foram “desindustrializadas” e cuja legislação estimula o uso industrial
preferencial deverão ser requalificadas e ter uso residencial incentivado.

Com o ambiente legal e econômico prontos parte-se para as intervenções no
CINTURÃO TURÍSTICO com a urbanização de todas as favelas desta região. Os
VAZIOS DEMOGRÁFICOS devem ser preparados para serem a nova área de expansão
residencial da cidade. Estas áreas concentrarão os novos empreendimentos e
condomínios residenciais para a população de baixa renda em geral e para
aquela que não puder permanecer nas áreas recuperadas do CINTURÃO TURÍSTICO.

Há muito por fazer é preciso começar já. O Rio vive um momento
absolutamente favorável com a expectativa de sediar a Copa do Mundo de 2014
e os Jogos Olímpicos de 2016. Esta deve ser a meta. Este deve ser o prazo
absolutamente favorável com a expectativa de sediar a Copa do Mundo de 2014
e os Jogos Olímpicos de 2016. Esta deve ser a meta. Este deve ser o prazo.

Favelas são usadas como currais eleitorais

setembro 11, 2008

Exército em favela carioca

Exército em favela carioca

Hoje tropas militares ocuparam favelas do Rio para garantir a tranqüilidade do processo eleitoral dentro destes currais eleitorais do tráfico de drogas e das milícias. Se pararmos para pensar, isto é um absurdo, chegamos ao ponto de ter que haver uma intervenção para que pessoas não tenham o seu direito de voto coagido. É por isso que um processo de desfavelização se faz necessário. A desfavelização do Rio é urgente. Por conta destes currais eleitorais é que muitos não querem que uma cidade sem favelas. Mas isto vai contra ao que o Rio precisa, vai contra os interesses econômicos, sociais e turísticos de nossa cidade. A desfavelização é o caminho para a libertação do Rio.

 

 

Leiam a notícia abaixo:

 

 

O presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, desembargador Alberto Motta Moraes, considerou satisfatório o balanço do primeiro dia da Operação Guanabara, que terminou sem confrontos ou apreensões na cidade. As Forças Armadas começaram nesta quinta-feira a ocupar as localidades escolhidas pelo tribunal para garantir a segurança das eleições no Rio. Cerca de 3.500 militares do Exército e da Marinha, além de policiais militares, participam da operação. O desembargador destacou, no entanto, que quem deve garantir a segurança é o próprio eleitor, recorrendo à premissa de que o voto é secreto.

– Ele ainda não entendeu que o voto dele é absolutamente secreto. Quem tem a segurança é o próprio eleitor. Ele é o maior depositário da própria segurança do voto dele. É só ele saber votar e manter-se calado – afirmou Moraes.

O presidente em exercício do TRE-RJ reconheceu que, quando as tropas saírem das comunidades, os bandidos poderão voltar a atuar. Mas deixou claro que, se houver necessidade, “o eleitor pode ter certeza de que as Forças Armadas retornarão”.

– Isso é o mínimo que se pode fazer para ofertar uma segurança relativa à população desses locais – disse.

O porta-voz do Comando Militar do Leste, André Luis Novaes, aproveitou para reiterar que, apesar da orientação do TRE para que os candidatos visitem as comunidades apenas entre 12h e 18h, as tropas estarão prestando segurança 24 horas por dia.

– Essas determinações são do tribunal, mas a nós cabe garantir a paz nas comunidades ocupadas ao longo de todo o dia e noite. Seja eleitor, candidato ou imprensa, quem quiser pode comparecer às comunidades, pois estaremos lá o tempo todo.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, demonstrou otimismo com a chegada das tropas, e disse esperar que as Forças Armadas continuem atuando na cidade mesmo após as eleições.

– Eu espero que tenha êxito essas forças federais, que elas possam contribuir para o processo das eleições e, quem sabe, até nos entusiasme e continuem aqui nos ajudando a combater a violência.

Ao lado do chefe de comando do Exército, general Enzo Martins Peri, Alberto Motta Moraes e o juiz coordenador da propaganda eleitoral no estado, Luiz Márcio Pereira, acompanharam o início da operação na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá.

No início desta manhã, batedores interromperam o trânsito na Avenida Edgar Werneck, em Jacarepaguá, para a chegada de tropas. Cerca de oito carros levavam um grande contingente da brigada de pára-quedistas, sediados no quartel de Deodoro. Por volta das 8h, os militares do Exército chegaram na favela Cidade de Deus, na Zona Oeste, com um ônibus, dois tanques blindados, dez carros e motocicletas. Pela manhã, fizeram um trabalho de reconhecimento com mapas na favela.

 

Leia matéria na íntegra

Políticos corruptos não têm interesse na desfavelização do Rio de janeiro

julho 26, 2008

Sempre falamos que a desfavelização é uma questão de atitude, de boa vontade política. Mas, quando nos deparamos com notícias como esta abaixo, retirada esta semana do site o GloboOnline podemos perceber que além do desinteresse em desfavelizar o Rio de Janeiro e trazer benefícios a toda a população carioca, há o enorme interesse em permitir e incentivar a criação de favelas. Isto me envergonha como carioca.

 

 

Leiam abaixo a notícia na íntegra

 

 

 

A Polícia Civil vai investigar informações de que o grupo da milícia denominada Liga da Justiça, chefiada pelo vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho, e seu irmão, o deputado estadual Natalino, estaria recrutando traficantes de drogas para substituir policiais civis, militares e agentes penitenciários que estão sendo presos. Eles trabalhariam como seguranças e ficariam de vigilância em pontos controlados pela milícia.

 

Bandidos da Baixada Fluminense e das próprias favelas da Zona Oeste estariam sendo contratados por valores que variam de R$ 300 a 1.700, a mesma quantia que é paga aos policiais.

 

– Já estamos apurando essas informações. Parece que agora a milícia resolveu pedir ajuda ao tráfico – disse o delegado titular da 35 DP (Campo Grande), Marcus Neves.

 

Quinta-feira, o delegado revelou que cada manifestante do grupo responsável pelo panelaço na porta da delegacia no dia em que Natalino foi preso, ganhou R$ 30 para participar do protesto. De acordo com o delegado Marcus Neves, Luciano Guinâncio Guimarães, filho de Jerominho, vai assumir os negócios da família. Além dele, Leandro Paixão Viegas, o Leandrinho Quebra-Ossos, é outro nome forte do que restou da milícia.

 

O material apreendido na casa de Natalino ainda não foi analisado. Os computadores deverão ser encaminhados ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) para serem periciados. Quinta-feira, a CPI das Milícias decidiu encaminhar todas as denúncias feitas contra o deputado Natalino Guimarães para a Corregedoria da Alerj. O objetivo é municiar de informações o órgão, que investiga o deputado por quebra de decoro parlamentar.

 

Pagamento até em farmácia

 

A milícia comandada pelo deputado Natalino e pelo vereador Jerominho, usou boletos bancários para cobrar mensalidades, no valor de R$ 56, pela venda de sinal clandestino de TV (gatonet), em pelo menos um dos bairros da Zona Oeste.

 

Apresentado por um morador de Cosmos, um dos boletos foi apreendido no dia 2 de julho. A informação consta de um inquérito que apura a formação de quadrilha, instaurado na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

 

De acordo com o depoimento de uma pessoa, ouvida pela polícia e está incluída no Programa de Proteção à Testemunha, uma empresa ligada ao deputado foi encarregada de recolher, em 2007, os depósitos. Os pagamentos podiam ser feitos em uma farmácia, na Zona Oeste.